Iniciou sua carreira política em 1882, época em que se constituiu a 1a corporação administrativa Municipal exercendo também função de Presidente da Câmara, à época da emancipação política - administrativa de Varginha.

Presidiu a primeira sessão da Câmara de nossa cidade em meio a uma grande manifestação de regozijo do povo, com banda de música regida pelo Maestro João Batista da Fonseca e o espetáculo pirotécnico sob responsabilidade de Francisco José e Francisco Ribeiro da Silva Barros. Major Matheus Tavares da Silva era fazendeiro, e capitalista (capitalista era como se fosse Banco nos dias atuais).

Como fazendeiro que era, foi um dos primeiros plantadores de café da região e também um dos primeiros a contratar para sua fazenda imigrantes Italianos.

Um tanto severo com a escravaria, seu nome era lembrado com receio em todas as senzalas de então, o que parece, não se justificava a julgar pelo que dele comentavam, mais tarde, os imigrantes Italianos, entre os quais elementos da família Gazola, que vieram para Varginha trabalhar em sua fazenda. Na fazenda das Pitangueiras eram desenvolvidas atividades agrícolas e pastoris em grande escala, foi também o 1o plantador de café.

Havia também grande engenho que atendia toda a região. Como capitalista emprestou à estrada de Ferro Minas-Rio, com a condição de que ela passasse por nossa cidade e não por Pontal (Eloi Mendes) a então vuluosa quantia de setenta contos de réis. Foi um grande administrador de causa pública deixando, ao final de sua gestão, os cofres da Municipalidade em muito boas condições.

Dele descendem muitos atuais conterrâneos nossos e que entre nos sempre se mostraram cidadãos dignos, operosos e progressistas como seus netos: Ataupho Paiva, Fernando Tavares, Iraídes Paiva Vilhena, Mathias de Paiva Vilhena e bisnetos.

O Major Matheus Tavares da Silva, casou-se com Dona Maria Balbina da Silva, nascida a 31/03/1.876 e falecida em 24/12/1.906, isto é, três meses após o falecimento de seu marido. NASCEU EM 15/12/1839 E FALECEU EM 28/09/1906